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Foto do escritorLeonardo Torres

O Simbolismo do Elefante

Atualizado: 2 de mai.

Qual é a simbologia ou o significado espiritual do Elefante?


Fragmento retirado do livro O Dicionário de Símbolos, de Gheerbrant e Chevalier. Compre o livro e ajude este blog:


O elefante é a montaria dos reis, sobretudo de Indra, o Rei Celeste. Ele simboliza, portanto, o poder régio. Além disso, no exercício de suas funções de soberania, Xiva recebe o nome de elefante. A paz e a prosperidade são o efeito do poder régio estabelecido; a potência do elefante (mâtangi) dá áqueles que invocam tudo o qfue possam desejar.


Em muitas regiões, principalmente naquelas onde sopra a monção, a chuva, bênção do Céu, é a dádiva mais almejada: no Sião, no Laos, no Kampuchea (Camboja), o elefante branco concede a chuva e as boas colheitas. Pois Indra é também a divindade das chuvas; o elefante ostenta na cabeça uma pedra preciosa, que refulge como raio. Conheça mais sobre o simbolismo do elefante a seguir:

O Simbolismo do Elefante
O Simbolismo do Elefante

Além do mais, o elefante é símbolo, não de peso bruto, mas de estabilidade, de imutabilidade. A ioga costuma atribuí-lo ao chakra muladhara, onde ele corresponde, consequentemente, ao elemento terra e à cor ocre. O elefante acompanha, também o Boddhisattva Akshobhya, o Imutável.



Em certas mandalas tântricas, o elefante aparece quer às portas cardeais, que nos pontos colaterais; pode-se encontrá-lo igualmente em Angkor, no Mebon oriental, e sobretudo em Bakong. Ele significa a dominação do centro real sobre as direções do espaço terrestre. Sua presença, entre outros símbolos, junto a Vasudeva – Vixenu como senhor dos três mundos – parece indicar justamente sua soberania sobre o mundo terrestre.


O elefante evoca ainda a imagem de Ganesha (deus hindu da Ciência e das Letras, com cabeça de elefante), símbolo do conhecimento. O corpo de homem desse deus representa o microcosmo, a manifestação; e sua cabeça de elefante, o macrocosmo, a não-manifestação. Segundo essa interpretação o elefante é, efetivamente, o começo e o fim, aquilo que se depreende a um só tempo do desenvolvimento do mundo manifestado a partir da sílaba OM (e, portanto, do não-manifestado) e da realização interior do iogue. Ga-já, o elefante, é o alfa e o ômega.

O simbolismo do elefante é também muito empregado nas formulações búdicas; foi de um filhote de elefante que a rainha Maya concebeu Buda. Neste caso, o elefante desempenha um papel angélico que poderia parecer imprevisto, se já não soubéssemos que esse animal é o instrumento da ação e da benção do Céu.


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